Carrapatos, tudo que você precisa saber para proteger seu cachorro

By Dog Dicas on 3 de abril de 2021

Carrapatos são parasitas aracnídeos externos de oito patas, de cerca de 3 a 5 milímetros de comprimento (dependendo da idade, sexo, espécie e “plenitude”), que sobrevivem alimentando-se do sangue do hospedeiro. Entre seus hospedeiros encontram-se mamíferos, pássaros e às vezes répteis e até anfíbios. Isso significa que você e seu cão fazem parte deste grupo.

Os carrapatos estão amplamente presentes em todo o mundo, especialmente em climas quentes e úmidos, e são tão antigos que estima-se que tenham se originado durante o período do Cretáceo Superior, aproximadamente 120 milhões de anos atrás. Eles fazem parte da superordem Parasitiformes e junto com os ácaros, constituem a subclasse Acari.

O cuidado quanto aos carrapatos é de grande importância médico veterinária e saúde pública, pois além do desconforto, eles também atuam como vetores, transmitindo doenças graves que afetam humanos e animais. As quatro variações são a Babesiose Canina, a Erliquiose Canina a Doença de Lyme (Borreliose) e a Febre Maculosa.

A doença do carrapto

A doença do carrapato é uma grave infecção causada por hemoparasitas que atacam o sangue do cão podendo levá-lo à morte. Apesar de haver formas de prevenção, ela não tem vacina. Existem quatro variações da doença:

Babesiose Canina: A Babesiose é uma doença causada pelo protozoário Babesia canise transmitida pelo carrapato Rhipicefalus sanguineus quando o sangue do carrapato é inoculado no hospedeiro, os cães domésticos. O parasito invade as hemácias e se reproduz assexuadamente, causando hemólise intravascular. Dependendo da localização da Babesia, o cão pode apresentar desde uma anemia severa a um quadro de infarto cerebral.

Erliquiose Canina: A Erliquiose é a mais comum das doenças transmitidas pelo carrapato no Brasil e écausada pela bactéria Erlichia canis transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus. A doença causa sinais clínicos que variam de moderados a severos, e é caracterizada por febre, trombocitopenia, leucopenia e anemia. Em casos crônicos, pode haver imunossupressão.

Doença de Lyme: A doença de Lyme (ou borreliose de Lyme) é uma zoonose pouco relatada no Brasil e mais comum na América do Norte. Ela é causada pela bactéria Borrelia burgdorferi transmitida pelo carrapato Ixodes e Amblyomma cajennense (ou carrapato-estrela) que transforma o cão em um reservatório no ambiente domiciliar, favorecendo a transmissão para o homem e outros animais. Com quadros inespecíficos a doença pode apresentar alterações articulares, lesões cutâneas com eritemas, hipertermia, apatia, depressão, anorexia, linfadenomegalia, diarreia, conjuntivite, vômitos, córnea opaca e claudicação.

Febre Maculosa: A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma doença infecciosa causada pela bactéria Rickettsia rickettsii transmitida pelo carrapato Amblyomma cajennense (ou carrapato-estrela). A doença apresenta sinais comuns de infecção como febre, anorexia, letargia, anemia e trombocitopenia, os quais também podem ser encontrados na Erliquiose Canina.

Os carrapatos localizam seus hospedeiros potenciais através de odores, calor corporal, umidade e / ou vibrações no ambiente.

Ciclo de vida do carrapato

O verão é a época mais propícia para os carrapatos buscarem hospedeiros. Durante sua vida os carrapatos passam por quatro estágios; ovo, larva, ninfa e adulto, onde em cada estágio a partir da larva, se alimenta apenas uma vez, deixando o hospedeiro para digerir o sangue e mudar para o próximo estágio ou colocar ovos. O acasalamento de carrapatos acontece no hospedeiro após a estimulação da ingestão de sangue. Uma fêmea adulta se alimenta do hospedeiro por cerca de uma semana, depois deixa o hospedeiro e encontra um local isolado para a incubação dos ovos por cerca de uma a duas semanas. Rachaduras e fendas em casas, garagens e corredores são locais ideais. Ela pode começar a postura poucos dias depois de terminar a alimentação e deixar o hospedeiro, e pode continuar por 15 a 18 dias. Conforme ela põe os ovos, ela os envolve em secreções que protegê-los.

Um carrapato fêmea pode colocar mais de 7.000 ovos e o número depende do tamanho do carrapato e da quantidade de sangue que ela ingeriu. A fêmea morre após terminar de pôr seus ovos. As larvas eclodem de 6 a 23 dias depois e começam a procurar um hospedeiro. A atividade de busca do hospedeiro, que ocorre em todos os estágios ativos, resulta no aumento do movimento dos carrapatos em direção a um cachorro, portanto os proprietários costumam ver os carrapatos em móveis, rodapés, carpetes e roupas de cama para cães. As larvas se alimentam por 5 a 15 dias, caem do cachorro e levam cerca de uma a duas semanas para se transformarem em ninfas. As ninfas então encontram e se fixam em outro hospedeiro (possivelmente o mesmo cão), alimentam-se por 3 a 13 dias, caem do cão e levam cerca de duas semanas para se tornarem adultas. Quando adultos, tanto machos quanto fêmeas se apegam aos hospedeiros e se alimentam, embora os machos se alimentem apenas por curtos períodos.

Então o ciclo é:

Ovos –  Os carrapatos começam na forma de um ovo. A fêmea adulta normalmente põe ovos no início da primavera. Os ovos chocam com o aumento da temperatura. O período de incubação dos ovos pode levar até 60 dias. Uma vez chocado, o carrapato deve encontrar uma refeição de sangue para sobreviver.

Larva – O estágio de larva é único. Nesse estágio, o carrapato tem seis pernas em vez das oito normais. Eles são minúsculos e podem ser difíceis de detectar. Freqüentemente, os filhotes de carrapatos procuram ratos e outros pequenos animais para obter sua primeira refeição. Depois que a larva se alimenta, ela permanece dormente durante o inverno e muda para a fase seguinte.

Ninfa – Quando o carrapato atinge este nível, o tamanho médio (embora maior) ainda é menor que 2 mm. Em termos visuais, é mais ou menos do tamanho de uma semente de papoula! Nesse estágio, o carrapato adiciona mais duas pernas, totalizando oito. Durante esse período, eles tendem a ser mais ativos no final da primavera até os meses de verão. Quando um novo hospedeiro é encontrado e o carrapato recebe sua refeição, ele muda novamente para se tornar adulto.

Adulto – este é o estágio final do ciclo de vida do carrapato. Esses carrapatos geralmente esperam pela próxima vítima em grama alta ou arbustos. Eles irão se prender assim que o animal ou pessoa roçar na grama onde eles estão espreitando. Eles vão se alimentar mais uma vez, então, acasalar, e as fêmeas vão botar ovos para recomeçar o ciclo.

Dicas

  • Embora os carrapatos causem apenas uma leve irritação, eles podem transmitir doenças que representam uma séria ameaça para animais e humanos.
  • Os carrapatos podem ser evitados pelo uso regular de produtos de controle de carrapatos.
  • Apenas puxar um carrapato pode deixar partes do corpo dele presas no seu cão. Pergunte ao seu veterinário sobre a remoção e o controle adequados do carrapato.
  • As doenças transmitidas por carrapatos podem causar febre, anemia, paralisia, claudicação e outros sintomas.
  • Os carrapatos adultos podem viver até 3 anos sem se alimentar e fora do corpo do hospedeiro.
  • Carrapatos vivem em cerca de três animais diferentes durante a vida.
  • A maioria dos carrapatos passa a maior parte da vida fora do hospedeiro, no ambiente.
  • Carrapatos não podem pular e não “caem das árvores” como a maioria das pessoas imagina. Eles se transferem para os animais ou humanos quando eles caminham por grama alta, matos e arbustos.

Covid-19 e o seu cachorro, o que você precisa saber

By Dog Dicas on 25 de março de 2021

Sim, cães podem ser contaminados pelo novo coronavírus. Há relatos de animais de estimação, incluindo cães e gatos, que se infectaram com Covid-19 após contato próximo com pessoas infectadas.

Porém, de acordo com as informações médicas, o risco de animais transmitirem a doença para as pessoas é considerado baixo. Ainda assim, mesmo a baixa probabilidade de transmissão pede o cuidado de tratar seu cão, caso infectado, da mesma forma como faria com outros membros da família; não o deixe interagir com outras pessoas.

Se uma pessoa dentro de casa se infectar com Covid-19, isole-a de todas as outras pessoas, incluindo seu cão.

Os coronavírus são uma grande família de vírus. Alguns causam doenças semelhantes ao resfriado nos humanos, enquanto outros causam doenças diferentes em certos tipos de animais, como gado, camelos e morcegos. Outros coronavírus ainda, como os coronavírus caninos e felinos, infectam apenas animais e não infectam humanos.

As variações

Dois relatórios divulgados em março de 2021 encontraram a primeira evidência de que cães e gatos podem ser infectados pelo B.1.1.7, uma variante recente do coronavírus, mais letal e que se transmite mais facilmente entre as pessoas. Essa descoberta foi a primeira em que uma das variantes principais do covid foi vista fora dos humanos.

O B.1.1.7 foi descoberto no Reino Unido onde alguns dos animais de estimação infectados foram encontrados. Eles tiveram miocardite – uma inflamação do tecido cardíaco que, em casos graves, pode causar insuficiência cardíaca. Mas os relatórios não oferecem nenhuma prova de que a variante SARS-CoV-2 seja a responsável, nem que seja mais transmissível ou perigosa em animais. “É uma hipótese interessante, mas não há evidências de que o vírus esteja causando esses problemas”, disse Scott Weese, veterinário do Ontario Veterinary College da University of Guelph, especializado em doenças infecciosas emergentes.

Até agora, o impacto dessas variantes em animais de estimação não está claro. Embora já existam mais de 120 milhões de casos de Covid-19 em todo o mundo, apenas um grupo pequeno de animais de estimação teve resultado positivo para o SARS-CoV-2 original (provavelmente porque ninguém os está testando). Animais de estimação infectados parecem ter sintomas que variam de moderados a inexistentes, e segundo especialistas em doenças infecciosas, animais de companhia provavelmente desempenham um papel pequeno, ou nenhum, na disseminação do coronavírus às pessoas.

Porém, segundo o especialista em doenças zoonóticas Eric Leroy, virologista do Instituto Nacional de Pesquisa para o Desenvolvimento Sustentável da França, as novas variantes podem mudar essa equação. Em um dos novos estudos, ele e seus colegas analisaram animais de estimação admitidos na unidade de cardiologia do Ralph Veterinary Referral Centre nos arredores de Londres. O hospital notou um aumento acentuado no número de cães e gatos com miocardite: de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021, a incidência da doença saltou de 1,4% para 12,8%.

Isso coincidiu com um aumento da variante B.1.1.7 no Reino Unido. A equipe liderada pelo veterinário Luca Ferasin, chefe do serviço de cardiologia do hospital, analisou 11 animais: oito gatos e três cachorros. Nenhum deles tinha histórico de doença cardíaca, mas todos apresentaram sintomas que variavam de letargia e perda de apetite a respiração acelerada e desmaios. Os exames laboratoriais revelaram anormalidades como batimentos cardíacos irregulares e fluido nos pulmões, todos os sintomas observados em casos humanos de Covid-19.

Um proprietário do Texas foi diagnosticado com Covid-19 e os proprietários de cinco dos onze animais de estimação do Reino Unido testaram positivo para SARS-CoV-2 antes de seus animais desenvolverem os sintomas. Os animais de estimação do Texas não apresentaram sintomas no momento em que foram testados, embora os dois tenham começado a espirrar várias semanas depois. Todos os animais dos Estados Unidos e do Reino Unido se recuperaram desde então, embora um dos gatos do Reino Unido tenha tido uma recaída e tenha sido sacrificado.

Leroy diz que não está claro se a B.1.1.7 é mais transmissível do que a cepa original entre humanos e animais, ou vice-versa. “É impossível dizer que os animais infectados com B.1.1.7 possam desempenhar um papel mais sério na pandemia”, acrescenta ele, “mas esta hipótese tem que ser seriamente levantada”.

Shelley Rankin, microbiologista da Escola de Medicina Veterinária da Universidade da Pensilvânia, aponta que os pesquisadores mostraram apenas uma correlação entre infecção B.1.1.7 e miocardite, e que não descartaram outras causas para a doença. “Não há evidências de que animais de estimação estivessem doentes por causa do vírus”, diz ela.

Weese concorda que nem as descobertas do Texas nem do Reino Unido deveriam soar alarmes sobre animais de estimação colocando seus donos em perigo. “O risco de serem uma fonte de infecção continua muito baixo”, diz ele. “Se meu cachorro se contaminou, provavelmente foi comigo. E tenho muito mais probabilidade de infectar minha família e vizinhos antes dele. ”

Ainda assim, ele diz que os cientistas e veterinários devem fazer estudos sobre o caso do SARS-CoV-2 e suas variantes na miocardite entre animais de estimação. Há evidências de que o vírus pode causar a doença em pessoas, observa Weese, portanto, vale a pena pesquisar os animais de companhia. “Pode ser real”, diz ele, “mas não há razão para as pessoas entrarem em pânico.”

Os riscos de contaminação

Ainda estamos aprendendo sobre o vírus que causa a covid, mas aparentemente ele pode se espalhar de pessoas para animais em algumas situações. Animais infectados podem ficar doentes e não apresentar sintomas. Dos animais de estimação que adoeceram, a maioria apresentou apenas uma doença leve e se recuperou totalmente.

O que fazer

Se você estiver com covid e seu cão ficar doente, não o leve à clínica veterinária. Ligue para o seu veterinário informando que você se contaminou e explique o caso. Alguns veterinários podem atender online e assim avaliar seu cachorro, determinando as próximas etapas para um tratamento.

Nos Estados Unidos, não há evidências de que os animais estejam desempenhando um papel significativo na disseminação do Covid-19. Com base nas informações limitadas disponíveis até o momento, o risco de os animais espalharem covid para as pessoas é considerado baixo. No entanto, como todos os animais podem carregar germes que podem deixar as pessoas doentes, é sempre uma boa ideia praticar hábitos saudáveis com animais de estimação.

  • Passeie com seu cão com uma coleira e mantendo pelo menos um metro e oitenta de distância de outras pessoas.
  • Evite locais públicos onde um grande número de pessoas se reúna.
  • Não coloque máscara no seu cão. As máscaras podem prejudicá-lo.
  • Não limpe ou dê banho em seu cachorro com desinfetantes químicos, álcool, peróxido de hidrogênio ou outros produtos, como desinfetante para as mãos, toalhetes de limpeza e produtos de limpeza industriais ou de superfície.
  • Converse com seu veterinário se tiver dúvidas sobre produtos adequados para o banho ou limpeza de seu animal de estimação.
  • Converse com seu veterinário se seu animal ficar doente ou se você tiver alguma preocupação com a saúde dele.
  • Se você estiver contaminado restrinja o contato com seu cão, assim como faria com as pessoas. Nada de carinhos, aconchego, beijos, lambidas, compartilhamento de comida ou descanso na mesma cama. Transfira a outro membro da sua casa os cuidados com seu cães enquanto você estiver doente.
  • Lave as mãos após manusear animais, sua comida, lixo ou suprimentos.
  • Pratique uma boa higiene no seu cão e limpe-os adequadamente.
  • Fale com o seu veterinário se tiver dúvidas sobre a saúde do seu animal.
  • Esteja ciente de que crianças com 5 anos de idade ou menos, pessoas com sistema imunológico enfraquecido e adultos mais velhos têm maior probabilidade de adoecer por causa de germes que alguns animais podem carregar.

Vacina para animais

A Rússia anunciou no fim de março, a aprovação da primeira vacina contra a Covid-19 para animais, a Carnivac-Cov.

Segundo o serviço veterinário estatal da Rússia, a vacina foi desenolvida como uma ferramenta de saúde pública para que o vírus não se espalhe de animais para humanos ou – na pior das hipóteses – sofra uma mutação nos animais e retorne para os humanos.

A agência russa registrou quatro relatos de infecções em animais apenas na semana passada, na Itália e no México.

Lembrando que a Rússia também afirmou ser o primeiro país a aprovar uma vacina humana, o Sputnik V.

Leishmaniose – prevenção é a melhor solução

By Dog Dicas on 18 de setembro de 2012

Phlebotomus pappatasi leishmaniose DogDicas
Mosquito palha ou birigui (foto: James Gathany / Centers for Disease Control and Prevention’s)

A Leishmaniose pode ser prevenida ao menos nos animais de estimação, mas grande parte dos proprietários ainda desconhecem suas causas e sintomas.

A doença – A Leishmaniose é uma doença infectocontagiosa causada por um protozoário, conhecido como Leishmania spp., que é transmitido pela picada do mosquito flebótomo infectado, também conhecido como ‘mosquito palha’ ou ‘birigui’. É considerada uma zoonose e pode acometer homens e cães. Nos cães ela é conhecida como Leishmaniose Visceral Canina.

Como é transmitida – De acordo com médica veterinária do Mascote Pet Shop, Drª Ana Flávia Ferreira, a doença não é transmitida de um cão infectado para um cão sadio. “A transmissão só ocorre quando o animal é picado pelo mosquito infectado e uma vez doente, o cão não oferece risco para outros animais e nem mesmo para ser humano. Desta forma, o homem só pode ser infectado, se também for picado por um flebótomo contaminado”.

Diagnóstico – A confirmação da doença só pode ser feita através de exame de sangue, que aponte aumento das enzimas hepáticas ou anemia; e de exame citológico, feito a partir de pequenas amostras de tecidos, como a medula óssea, o baço e o fígado. Alguns sintomas que estão associados à doença e que podem levar o proprietário a desconfiar da enfermidade são: descamação seca da pele, pelos quebradiços, nódulos na pele, úlceras, febre, atrofia muscular, fraqueza, anorexia, falta de apetite, vômito, diarreia, lesões oculares e sangramentos. Nas formas mais graves, a Leishmaniose pode acarretar anemia e outras doenças imunes.

Formas de tratamento – Segundo Drª Ana Flávia, no Brasil o tratamento da Leishmaniose Visceral Canina ainda é polêmico. “Os ministérios da Saúde e da Agricultura determinam que animais infectados pela doença, devem ser sacrificados; o que causa revolta nos proprietários, pois os animais de estimação são considerados ‘membros’ da família. Porém, o tratamento não é proibido e pode ser sintomático, com medicações veterinárias de uso oral, que podem até ser manipuladas”, informa a veterinária, que completa: “por isso, fica a recomendação para que os proprietários de cães, principalmente aqueles que residem em locais onde os registros da doença são maiores, vacinem seus animais como medida preventiva”.

Como prevenir – No Brasil, existe atualmente no mercado uma vacina contra a Leishmaniose Visceral Canina, que confere proteção superior a 92% e já protegeu mais de 70.000 cães em todo o país. O programa vacinal deve ser associado a outras medidas de controle, como combate ao inseto vetor (flebótomo), com a aplicação de inseticida no ambiente e o uso de produtos repelentes no cão, também já existentes no mercado pet do Brasil.

5 dicas para o banho do seu cão

By Dog Dicas on 26 de agosto de 2012

cachorro golden retriever banho DogDicas
Condicionador somente se o cão tiver pelos longos (foto: Autri Taheri / Unsplash)

1. Shampoo e condicionador no banho

Use shampoo e condicionador para cães, não para pessoas. Apesar de existirem bons produtos feitos para pessoas sensíveis (como shampoos para bebês), há uma diferença entre o PH dos produtos humanos e os produtos para cães. De modo geral o PH dos produtos humanos resseca o pelo do cachorro. Usar condicionador? Somente se o seu cão tiver pelagem longa. No caso de cães com pelo baixo, usar apenas o shampoo é suficiente. Para os dois casos uma dica é diluir o shampoo ou o condicionador com água (por exemplo, três partes de água para uma do produto). Isso ajuda a espalhar melhor e impede que ele se acumule na raiz dos pelos.

2. Algodão correto nos ouvidos

Não permita que entre água nos ouvidos do seu cão. Essa é uma das causas mais comuns de otite e outros problemas. Para ter certeza de que seu cão está protegido, use algodão nos ouvidos. Mas atenção! Use o algodão certo. O algodão comum absorve a água e encharca, vazando para o outro lado (dentro do ouvido). Para evitar isso, use algodão parafinado. Mas lembre de usar em tamanhos grandes o suficiente pra não entrar no canal auditivo, causando um problema ainda pior. E claro, não esqueça de retirá-los no fim do banho.

3. Comece o banho por baixo

Pra evitar um desconforto e tornar a experiência do banho mais agradável, comece por molhar seu cachorro pelas patas e pernas e só depois comece a subir. Evite começar pela cabeça; essa é uma dica importante, principalmente se o banho for de água fria.

4. Lave as patas!

Não negligencie o cuidado com as patas do seu cão, ele passa muito tempo sobre elas. Além disso as patas estão  sujeitas a machucados ou feridas por objetos afiados no chão, além dos próprios arranhões e escoriações de cada tipo de piso. Verifique os pés de seu cão para saber se está tudo bem e retire com as mãos qualquer objeto que esteja entre os dedos ou entrelaçado no pelo. Uma boa dica é lavar as patas com uma escova macia pra remover qualquer corpo que esteja entre os pelos das patas.

5. Recompense!

Uma ótima ideia é associar o banho com algo agradável. Por isso, ao final do banho, que tal dar um petisco ou ao uma boa dose de brincadeiras e carinhos?

 

 

Editora Abril lança Guia de Saúde do Pet

By Dog Dicas on 14 de dezembro de 2010

O Guia de Saúde do Pet é revisado por Mário Marcondes dos Santos e Fernanda S. Fragata do Hospital Veterinário Sena Madureira(foto: Editora Abril / divulgação)

Só quem tem um animal de estimação sabe as inúmeras dúvidas que, muitas vezes, atormentam os donos no que diz respeito aos cuidados com a saúde e o bem estar de nossos companheiros.

Pensando nisso, recentemente a Editora Abril lançou o Guia de Saúde do Pet,  uma espécie de livro de bolso da Revista Saúde! que reúne, de forma clara e muito atrativa, informações e orientações de renomados veterinários e comportamentalistas animais.

Com conteúdo revisado por Mário Marcondes dos Santos e Fernanda S. Fragata, médicos veterinários e diretores do Hospital Veterinário Sena Madureira, o guia aborda temas como adestramento, peculiaridades de cada fase da vida, acasalamento, orientações para evitar dor de cabeça na hora de viajar com o animal, cuidados de higiene, alimentação, chegada da velhice e até mesmo a morte do cão.

No primeiro capítulo o Guia traz informações sobre as vantagens e benefícios que a companhia de um animal de estimação traz para a saúde humana, além de abordar as características físicas e comportamentais de cães e gatos.

Além do projeto gráfico bem elaborado e colorido, outro diferencial da publicação são as dicas de prevenção dos principais problemas que acometem os pets.

O Guia de Saúde do Pet é vendido por R$ 24,90 e pode ser encontrado na loja on-line da editora Abril.

Biovet esclarece acusação de vacinas antirrábicas inseguras

By Dog Dicas on 3 de dezembro de 2010

Após publicação da Nota Técnica nº 161/2010 dos Ministérios da Saúde e Agricultura, uma série de notícias relatando que o Governo Federal proibiu as vacinas antirrábicas fabricadas pelo laboratório Biovet se espalhou pelos veículos de comunicação brasileiros e, conseqüentemente, pela Internet.

Algumas matérias publicadas, inclusive, chegaram a responsabilizar o fabricante pela morte de dezenas de animais imunizados durante a campanha de vacinação antirrábica, suspensa no país, oficialmente, em outubro de 2010. Diante disso, a Dog Dicas entrou em contato com o Laboratório Biovet para obter uma posição da empresa a respeito do fato e obteve as seguintes informações:

1) De forma transparente, o Laboratório Biovet continua em sintonia com todos os órgãos oficiais competentes para prestar os esclarecimentos necessários à sociedade sobre a qualidade dos lotes/partidas nº 059/2010, 139/2010, 177/2010 e 213/2010 da vacina RAI-PET 25 doses que forneceu à Campanha Nacional de Imunização de Cães e Gatos.

2) Nesse sentido, sobre a NOTA TÉCNICA divulgada em 29/11 pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Laboratório Biovet destaca a seguinte informação oficial sobre os eventos adversos relatados na mídia: “Após realização de auditoria no sistema de produção da empresa Biovet, constatou-se que não ocorreram alterações na metodologia de produção e de controle da qualidade que justifiquem o aparecimento desses eventos adversos.”

3) O MAPA informa ainda que, dos quatro lotes/partidas da vacina RAI-PET, 25 doses fornecidos à campanha, apenas um (nº 059/2010) apresentou resultados discrepantes, mas até o momento “não foi possível chegar a uma conclusão sobre o motivo da alteração constatada nessas amostras”.

4) Dessa forma, o Laboratório Biovet volta a informar que a vacina RAI-PET possui licença de fabricação desde o ano de 2003 (no. 8.657), e todos os lotes do produto são aprovados oficialmente, conforme mencionado na referida NOTA TÉCNICA do MAPA: “Vale ressaltar que 100% das partidas da vacina fabricadas e importadas são testadas em laboratórios oficiais antes de serem comercializadas, para avaliação da segurança e eficácia e, na ocasião, não foi detectado nenhum problema no processo produtivo da vacina antirrábica canina.”

5) Por sua vez, o produto RAI-PET apresentado em frasco com uma dose (1 mL) continua com sua comercialização normal.

Para mais informações e esclarecimentos, o Biovet disponibiliza o telefone 0800.055.66.42 para atendimento público.

Obesidade canina e a saúde dos cães

By Dog Dicas on 25 de outubro de 2010

Disfunções hormonais, solidão e carência também podem ser causas de obesidade nos cães (foto: Vandelizer | Flickr)

Ter um corpo com os, popularmente chamados, ‘pneus’ e ver o ponteiro da balança elevar-se rapidamente faz parte da realidade de 44% dos cães dos Estados Unidos, segundo um estudo da Association for Pet Obesity Prevention (Associação para Prevenção da Obesidade em Animais de Estimação). No Brasil, a estimava é que o problema atinja 40% da população canina.

A obesidade corresponde ao excesso de gordura corporal e, nos cães, pode estar associada à falta de atividades físicas, estresse, má alimentação ou disfunções hormonais.

De acordo com estudos, a obesidade em cães é causada, principalmente, pela superalimentação (alimentos com alto teor de gorduras e carboidratos), mas também há outros fatores como as disfunções hormonais, que atingem 25% dos cães, e o estresse, que provoca obesidade em 15% dos cães que passam muito tempos sozinhos ou que têm carência de atenção e, conseqüentemente, consomem alimentos em excesso como alívio de tensão.

O problema é mais comum entre animais adultos e idosos, especialmente entre fêmeas e cães castrados, e pode ser facilmente identificado pelo excesso de gordura ao redor do pescoço ou pelo aparecimento de dobras que não são características da raça.

Complicações

Assim como acontece em seres humanos, nos cães a obesidade provoca problemas na coluna vertebral (especialmente em raças caracterizadas pela coluna mais comprida, como teckel e basset hound) e, por conseqüência, transtornos no aparelho locomotor. Problemas nas articulações também são comuns, assim como agravamento da displasia em cães adultos e idosos e outras complicações, como hérnia e reumatismo, prejudicando o desenvolvimento do animal.

Além disso, o cão com excesso de gordura corporal pode apresentar dificuldades respiratórias, transtornos cutâneos (dentre os quais, eczema), aumento de colesterol, hipertensão e predisposição a diabetes e enfermidades infecciosas, o que diminui o seu tempo de vida.

Avaliação

A obesidade é um risco para a saúde do seu cão (foto: polietileno | Flickr)

Antes de tomar qualquer decisão, é importantíssimo avaliar se, de fato, o cão está obeso, visto que algumas raças são naturalmente mais ‘fofinhas’ que outras. Para tanto, é indispensável que o dono leve seu cão ao veterinário para constatar se o animal está, ou não, obeso.

Contudo, uma dica para saber se o cão está com excesso de gordura é agarrar a pele da região da costela e verificar se há uma dobra muito grossa (o que indica obesidade).

Dicas

Na luta contra a obesidade, é preciso uma mudança nos hábitos dos cães e de seus donos, visto que os animais não ingerem guloseimas por conta própria e dependem exclusivamente de seus proprietários para se alimentar. Diante disso, um dos fatores essenciais para o emagrecimento do cão, sem dúvida, é a consciência do dono, especialmente quando seu melhor amigo pede algo durante as refeições da família.

Outra dica é a prática regular de atividades físicas, como, por exemplo, a caminhada.
Veja abaixo outras dicas para colocar seu cão em forma:

  1. Faça com que seu cão pratique exercícios regularmente (caminhadas longas; brincadeiras com bola dentro e fora de casa). Para quem não tem tempo, há excelentes serviços no mercado que realizam – uma ou duas vez por semana – diversas atividades, como trilhas, aulas de natação e até mesmo exercícios com esteira para o cão;
  2. Caso o animal seja castrado, além de praticar atividades físicas, procure um veterinário e solicite uma dieta adequada (uma boa dica são as rações específicas para cães castrados, que são menos calóricas);
  3. Substitua a ração tradicional por uma light, que contém mais fibras, menos gordura e substâncias de suma importância para o animal, como a l-carnitina;
  4. Leia e siga as indicações do fabricante quanto à quantidade de ração a ser fornecida;
  5. Divida a ração em pequenas porções ao longo do dia para que seu cão tenha sempre a sensação de estar saciado;
  6. Dispense as guloseimas, como, por exemplo, biscoitos e petiscos – elas não são essenciais;
  7. Evite comer perto do cão e, se possível, mantenha-o longe na hora das refeições para não cair na tentação de alimentá-lo com comidas inapropriadas;
  8. Mantenha uma alimentação adequada desde os primeiros dias de vida. O cão que ingere uma quantidade de calorias maior do que seu organismo consome, inicia um processo onde pode se tornar um adulto obeso.

É importante ressaltar que a figura do cão gordo traduzida como um animal saudável é coisa do passado, pois a obesidade é um fator de risco e pode causar diversos agravos à saúde dos cães. Além disso, é fundamental que o dono procure um veterinário antes de agir por conta própria. Somente o profissional saberá precisar qual a origem da obesidade do animal e indicar o tratamento apropriado.

Carrapatos – como combater e controlar

By Fernanda Martins on 4 de novembro de 2009

Carrapato - cada fêmea pode colocar de 200 a 3000 ovos por dia (foto: reprodução / Wikipedia)
Carrapato – cada fêmea pode colocar de 200 a 3000 ovos por dia (foto: reprodução / Wikipedia)

Com o aumento da temperatura, aumentam também as infestações de carrapatos. Estes parasitas de ‘oito pernas’, além de causarem grandes transtornos e desconforto, também transmitem doenças para os animais e para o homem.

Por isso, saber como combater carrapatos de forma eficaz é importante não apenas para garantir a saúde do seu cão, mas também a da sua família.

Os carrapatos são artrópodes da classe Arachnida, a mesma das aranhas, e tanto os machos quantos a fêmeas se alimentam de sangue (são hematófagos). Os carrapatos mais comuns nos cães são da espécie Rhipicephalus sanguineus (conhecido como carrapato-vermelho-do-cão), porém o cão também pode ser parasitado acidentalmente por outras espécies, como o Amblyomma (carrapato estrela) encontrado em áreas rurais ou de mata. O ciclo de vida dos carrapatos, independentemente da espécie, possui três fases: larva, ninfa e adulto, onde cada fêmea pode colocar de 200 a 3000 ovos por dia.

Ao contrário do que parece, os carrapatos não ficam todo o tempo fixados ao animal. Para colocar os ovos e para fazerem as mudas, eles deixam o cão e vão para o ambiente. É comum ver carrapatos saírem do animal e subirem nas paredes ou para as pontas da grama e das plantas. Isto ocorre porque o carrapato do cão possui geotropismo negativo, ou seja, quando deixa o cão que estão parasitando sobem para locais mais altos, para encontrar e se fixar em um novo hospedeiro que esteja passando pelo local.

Os carrapatos causam diversos problemas ao animal enquanto se alimentam. Nos cães, causam coceira, incômodo, e também podem causar anemia e transmitir doenças que podem ser fatais, como a babesiose e a erliquiose, conhecidas como “doenças do carrapato”. Devido ao seu ciclo de vida, um único carrapato pode parasitar vários hospedeiros diferentes, entre animais e seres humanos. Isto aumenta as chances de transmissão de doenças, pois uma vez que ele se alimente do sangue de um animal infectado, transmitirá o agente etiológico da doença para os demais hospedeiros que irá parasitar. Além dos cães, os carrapatos podem transmitir agentes que causam doenças graves nos humanos, como a Febre Maculosa e a Doença de Lyme. A prevenção da infestação e o combate aos carrapatos são as melhores maneiras de impedir que essas doenças ocorram.

É imprescindível o uso de carrapaticida no ambiente onde vive o cão

O uso de carrapaticida no ambiente e no cão são os principais métodos de controle. Existem no mercado diversos produtos eficientes para se combater carrapatos, uns para serem usados no cão e outros para serem usados no ambiente. Entre os produtos usados no cão há a ivermectina, a selamectina, o amitraz, os piretróides, o fipronil e outros. Quando a infestação é grande, pode ser necessário mais de uma aplicação do carrapaticida para matar todos os carrapatos. Nos casos de animais com pêlos longos, recomenda-se a tosa para facilitar o tratamento. É preciso cuidado na escolha e aplicação desses produtos e eles só devem ser usados sob prescrição e orientação do médico-veterinário, pois alguns deles podem causar intoxicação. No caso da ivermectina, seu uso é contra-indicado em algumas raças, como Collie, Pastor Alemão, Pastor de Shetland, Pastor Australiano, Setters, Old English Sheepdog e seus cruzamentos. Também é contra-indicado o uso da maioria dos carrapaticidas em filhotes, gestantes e fêmeas em lactação.

É imprescindível o uso de carrapaticida no ambiente onde vive o cão, principalmente dentro das casinhas, paredes, muros, portões e no chão, com atenção especial para as frestas que costumam abrigar grande número de carrapatos em diversos estágios do seu ciclo de vida. É necessário retirar o cão para aplicá-los no ambiente porque esses produtos podem causar intoxicação. As camas, cobertores e acessórios devem ser bem lavados para retirar qualquer carrapato que tenha se alojado. Se a infestação for grande, é necessário que o produto seja aplicado semanal ou quinzenalmente, para matar todos os carrapatos .

Para a prevenção, deve-se aplicar regularmente no cão um produto com boa ação residual (de 3 a 4 semanas), e/ou usar coleiras carrapaticidas. Impedir o acesso do cão a áreas onde existam cavalos, bois e animais silvestres é uma boa prática para evitar a infestação acidental por outras espécies de carrapatos. Se não for possível, aplique um carrapaticida no seu cachorro, antes ou depois do passeio. Lembre-se que o combate às infestações de carrapatos é um trabalho que exige paciência e persistência, podendo demorar semanas até que o problema resolvido e os carrapatos, eliminados.

Pulgas, um pouco sobre o inimigo

By Dog Dicas on 12 de outubro de 2009

Parasitas que se alimentam do sangue do hospedeiro, as pulgas já foram listadas em cerca de 2 mil espécies, sendo quatro delas mais comuns na área urbana: a do cão, a do gato, a do rato e a do homem. Ironicamente é a Ctenocephalides felis – a pulga de gato – a responsável por mais de 90% dos casos com cães.

Microscopia eletrônica de uma pulga (foto: reprodução / Wikipedia)
Microscopia eletrônica de uma pulga (foto: reprodução / Wikipedia)

Uma pulga salta até 30 cm de altura e tem uma espantosa velocidade de reprodução. Isso faz do combate à elas, uma guerra. Eliminar as que estão no corpo do animal não resolve o problema pois 95% estão espalhadas pelo ambiente em forma de larvas, ovos e pupas.

Ao caírem no chão, os ovos da pulga eclodem em até 10 dias, de onde saem larvas que entram nos carpetes, cobertores e pisos, se alimentando de restos orgânicos e fezes de pulgas adultas.

Entre 5 e 11 dias formam um casulo e em condições de temperatura e umidade adequadas, se transformam em pulgas adultas em apenas 5 dias (elas aguentam até 140 dias no casulo).

O ciclo de vida de uma pulga se completa em 3 a 4 semanas, com pulgas vivendo no animal por mais de 3 meses. Cada fêmea produz em média 20 ovos por dia durante 21 dias seguidos (420 ovos!).

Se este ciclo não é interrompido, torna-se uma séria ameaça à saúde, podendo causar dermatites, anemia, peste bubônica, stress, alergias e outros males. Se ingeridas acidentalmente, levam para o intestino a forma infectante do Dipylidium caninum, verme semelhante à Tênia (‘solitária’ do homem).

Felizmente, existe um verdadeiro arsenal disponível para quem precisa matar ou repelir pulgas, dependendo do grau de infestação, dos tipos de ambientes, número e condições dos animais, etc. Em todos os casos, a consulta ao seu médico veterinário é fundamental.

Lembre-se que a melhor profilaxia é manter o cão em boas condições de saúde.


Com colaboração de Breno Corrêa

Cinomose

By Fernanda Martins on 21 de setembro de 2009

No intervalo entre a 1° e a 2° dose de vacinação, meu yorkshire (de 5 meses) teve contato com outro cão que morreu devido a cinomose. Gostaria de saber qual o risco dele ter contraído a doença, sinais de alerta e em quanto tempo eles podem aparecer. Caso se confirme esta possibilidade como devo proceder?
(Rafael Cassaro)

Rafael,

existe sim o risco em se contrair a doença, uma vez que a imunidade dada pela vacina (no caso dos filhotes) só é garantida após a terceira dose. Porém acredito que você não deva se preocupar, pois pelo tempo de uma possível exposição ao vírus, seu cão já teria apresentado os sintomas da doença (aparecem poucos dias após a infecção).

Os sintomas incluem: vômito, diarréia, corrimento nasal, espirros, corrimento ocular mucopurulento, febre e sintomatologia nervosa (desorientação, cabeça pendente, convulsões e etc).

Caso haja algum desses sinais leve seu cão imediatamente ao veterinário, que irá administrar a terapia adequada.

Espero ter ajudado e conte sempre com a gente.

Carrapatos vs Ivermectina

By Fernanda Martins on 29 de julho de 2009

Meu vizinho tem um cão com muito carrapato. Ele já passou Kombat líquido mas não teve sucesso. Gostaria de saber se ele deve aplicar Ivomec.
(Paulo Cesar Francisco – Tec Segurança no Trabalho – Pitangueiras / SP)

Olá Paulo Cesar, o Ivomec (Ivermectina) tem sido usado com sucesso para controle de ectoparasitas em cães, entre eles o carrapato.

Porém, vale ressaltar que esse medicamento deve ser usado com cautela e com acompanhamento de um médico veterinário, pois ele pode causar intoxicação. Algumas raças são mais sujeitas à reações adversas, como os collies, afgans, pastores australianos, old english sheepdogs, pastores de shetland e outros cães que resultam de cruzamentos dessas raças. A intoxicação por Ivermectina resulta da concentração da droga no sistema nervoso central (SNC) e raças suscetíveis como estas podem apresentar esse quadro, mesmo quando aplicada a dose recomendada.

Não é aconselhado o uso da Ivermectina em filhotes com menos de 6 semanas de idade, em gestantes ou em doses diferentes das indicadas na bula do medicamento.

A dica é conversar com o seu médico veterinário e comparar entre os produtos do mercado pet, que também sejam destinados para o controle de carrapatos, os que possuem maior margem de segurança.

Além do seu vizinho, você também deve tratar seu cão para evitar uma infestação.

Um cuidado adicional com ossos de couro

By Dog Dicas on 20 de julho de 2009

Osso de couro cachorro DogDicas
Ossos de couro trazem um perigo (foto: Alan Levine / Flick)

Ossos de couro são uma conhecida solução para o hábito de roer dos cães e também um brinquedo eficaz que pode distraí-lo por muito tempo. Além de direcionar seu comportamento, o osso de couro para cães também ajuda na limpeza dos dentes, na remoção do tártaro e da placa bacteriana. Porém é importante saber que existe um perigo:

Seu cão pode arrancar pedaços grandes dele, mas que ainda caibam em sua boca, e tentar engolí-los de uma só vez. Isso também pode acontecer no caso do osso roído ficar pequeno o suficiente para passar em sua garganta.

Pedaços como estes podem causar sérias obstruções gastrointestinais e até problemas mais sérios. Por isso, sempre que o pedaço arrancado, ou o osso inteiro, estiverem em um tamanho que caiba totalmente na boca do seu cão, jogue-o fora e compre um novo. Pelo bem do seu amigo.

Escovação de dentes

By Fernanda Martins on 20 de julho de 2009

Tenho um Yorshire e gostaria de saber sobre a importância da escovação de dentes. Como deve ser feita? Ele pode engolir a pasta (pois ele lambe tudo)?
(Rafael Cassaro – médico – São Roque do Canaã / ES)

Rafael, a escovação deve ser iniciada quando o cão ainda é filhote e assim que os dentes decíduos (de leite) já estão à mostra. Dessa forma ele pode se habituar com esse importante procedimento, que previne e retarda o aparecimento da placa bacteriana e tártaro (causadores de mau hálito e de outros problemas de saúde no cão, como a endocardite).

O creme dental a ser usado deve ser especialmente formulado para animais (cão / gato), pois o cão não consegue “cuspí-lo” no ato da escovação e o creme dental humano possui componentes abrasivos que podem causar problemas gástricos nos animais.

Há no mercado pet diversas marcas de cremes dentais com sabor para cães, assim como escovas de dentes adaptadas ao dedo e também as comuns – próprias para a arcada dentária do cão.

A escovação deve ser diária. Você pode começar apenas manipulando a boca do cão e  evoluir até ter uma escovação completa, incluindo os dentes molares (aqueles que ficam atrás na boca).

Uma dica importante é fazer com que esse momento seja prazeroso e não traumático. Para isso eu recomendo que o cãozinho seja acostumado desde cedo e que tudo seja feito num clima de brincadeira.

Patas avermelhadas

By Fernanda Martins on 18 de julho de 2009

Tenho um poodle branco que está com o hábito de lamber as patas a ponto de ficarem escurecidas e avermelhadas. Isso é normal?
(Liane Pires – Recife / PE)

Liane, a cor avermelhada no pêlo, mais evidente em cães de pelagem branca, é causada pela saliva (quando o cão lambe excessivamente o local). Os motivos para as lambeduras constantes incluem sarna (podo-demodicose), fungos, bactérias (piodermites), alergia (geralmente causada por produtos de limpeza), ou mesmo uma causa psicogênica, como por exemplo um cão entediado ou que quer chamar a atenção do dono.

Para saber a causa específica são necessários exames como citologia e cultura, e para isso é necessária a consulta a seu médico veterinário para que ele examine o seu cão e lhe indique o melhor tratamento.

A idade do seu cão

By Dog Dicas on 17 de julho de 2009

Você já deve ter ouvido que cada ano de vida de um cão equivale a sete anos de um ser humano. Pois esta afirmação não está correta. A análise da idade do cachorro, em termos de evolução de etapas da vida (juventude, maturidade, velhice, etc), depende de outros fatores além da passagem de tempo.

Raças grandes, por exemplo, vivem menos enquanto raças menores, vivem mais. Um yorkshire com 8 anos é um cão adulto (equivalente a um homem de 46 anos), enquanto um dogue alemão com a mesma idade já é um cão idoso (equivalente a um homem de 75 anos!).

Conhecer estas correlações nos ajuda a entender o comportamento dos nossos animais. Veja aqui uma interessante tabela com a equivalência (aproximada) entre a idade dos cães e a do homem.

Idade canina tabela
Tabela comparativa idade cães e humanos (foto: DogDicas)