Ruppy, uma cadela com luz própria

By Dog Dicas on 27 de janeiro de 2011

Ruppy recebeu genes de anêmonas marinhas (foto:newscientist.com)

Já imaginou um cão capaz de brilhar no escuro? Você não precisa mais ficar imaginando. Pois o primeiro cão transgênico do mundo é capaz desse feito incrível. Ruppy – diminutivo de Ruby Puppy (ou cachorrinho rubi) – é uma cadela beagle clonada pelo time de cientistas liderado por Byeong-Chung Lee da Universidade Nacional de Seul, na Coréia do Sul.

Durante sua clonagem, Ruppy recebeu genes de anêmonas marinhas. Isto possibilita a cadela produzir uma proteína fluorescente. O resultado é que sob luz ultravioleta ela adquire um brilho avermelhado. Mas, tirando essa característica surreal, ela é uma beagle normal.

O objetivo não foi criar um animal de estimação diferente, mas estudar doenças humanas. Como cães são mais próximos de seres humanos do que camundongos – normalmente usados em experiências –, Ruppy representa mais um passo na direção do estudo de doenças humanas.

Não há previsão da comercialização de cães transgênicos. Mas, se você gostou do Ruppy, não perca as esperanças de ter um companheiro iluminado. Peixes fluorescentes – ou GloFish – são vendidos nos Estados Unidos desde 2003. Quem sabe uma empresa se interessa pelo assunto? Então, no futuro, você não poderá ter o seu próprio Ruby Puppy.

Enquanto isso não acontece, Ruppy vai levando uma vida normal – ou quase, afinal ela brilha. O tempo passou, a cadela fluorescente cresceu e arrumou um namorado – um beagle não-transgênico. Eles cruzaram e tiveram três filhotes. Dois deles herdaram o brilho avermelhado da mãe. Quando esses cães tiverem seus próprios filhotes há grande possibilidade deles também herdarem a fluorescência.

Cães com olhos verdes nas fotos

By Dog Dicas on 12 de agosto de 2009

Cães com olhos coloridos - efeito flash
Cães com olhos coloridos – reflexo do flash (foto: Tony Alter / Flickr)

O fenômeno dos olhos coloridos dos cães nas fotos, que acontece também com outros animais, é similar ao que ocorre quando uma pessoa sai com os olhos vermelhos em uma fotografia. Ele acontece quando tiramos uma foto com flash em um local de baixa luminosidade.

Nos humanos a luz forte do flash penetra no balão ocular e se reflete na parede posterior do olho – que é intensamente irrigada por vasos sanguíneos – dando à luz refletida uma cor vermelho-alaranjada, proveniente da irrigação do sangue.

Nos animais, como o cachorro, existe uma membrana situada na parte interna do olho chamada tapetum lucidum, que impede a luz de atingir a area rica em sangue e age como um espelho, refletindo qualquer intensidade de luz e fazendo com que ela passe duas vezes pela retina. Esse processo permite que os animais enxerguem melhor do que nós em locais de pouca luminosidade pois dá a retina duas oportunidades de absorção da luz. É isso que provoca o fenômeno dos olhos brilhantes ao se iluminar o rosto de um cão com uma lanterna no escuro, por exemplo.

No momento do flash, uma das luzes refletidas pelo tapetum lucidum não é captada pelos receptores retinianos e se reflete para fora das pupilas. Como ele é brilhante, o brilho pode ter cores diferentes como verde, amarelo ou azul.

Como eviar esse efeito

Quem quiser tentar evitar este efeito, pode utilizar câmeras que tenham o mecanismo chamado de ‘redutor de olhos vermelhos’. Ele permite que o flash faça um pré-disparo retraindo a pupila antes do disparo oficial para não mostrar o reflexo.

Engenhoso, não?

Mas se você não possui esse tipo de câmera, você pode desviar ligeiramente os olhos do seu cão da lente. Talvez usando uma das mãos para chamar a atenção (apenas um pouco para a esquerda ou direita é suficiente). Ainda parecerá que eles estão olhando para a câmera, mas a luz não será refletida diretamente na lente.

Ou então, simplesmente mude o seu ângulo. Tire a foto de uma posição ligeiramente mais alta ou mais baixa. A foto ficará um pouco mais interessante também.